Marilza Veiga, 41 anos, mora em Cascavel (PR) e trabalhava há 11 anos como doméstica na casa de uma família da região. Para gerar uma renda extra, fazia salgados sob encomenda há três anos. Nunca gostou do tradicional. Era conhecida por suas propostas diferentes: bolinha de queijo em formato de coração, coxinha em formato de estrelas… mas tudo mudou com a mensagem de uma cliente.
Na semana do dia 27 de março, recebeu uma mensagem pedindo uma coxinha gigante em formato de ovo de Páscoa para presentear o namorado, que não come chocolate. Era para ser uma quarta-feira como outra qualquer.
Saiu do trabalho e, chegando em casa, foi produzir seus salgados. Fez o teste do ovo de coxinha e resolveu publicar a foto em sua página do Facebook.
O que Marilza não esperava é que sua publicação passaria dos 4,5 milhões de visualizações no Brasil inteiro. Sua página do Facebook, que tinha apenas 240 curtidas, saltou para quase 9 mil em cinco dias. Sua caixa de mensagem não para de receber encomendas e seu telefone não para de tocar. “Está tudo uma correria! Tive que até pedir ajuda, a filha da minha patroa está cuidando da página do Face para mim”, afirma a empresária, que atendeu a PEGN enquanto fritava mais “coxovo”.
O trabalho como doméstica, que foi sua fonte de renda principal durante mais de 10 anos, ficou em segundo plano. Marilza já estava planejando sair do trabalho para focar na produção de salgados e o sucesso repentino foi um incentivo para o mesmo. “Sexta-feira (31/3) foi o meu último dia trabalhando em casa de família”, diz.
O ovo de coxinha pesa, em média 1,5 kg e custa R$ 30. As encomendas só são aceitas para entregas em lugares próximos a Cascavel. O produto está tendo muita procura principalmente por paulistanos e cariocas, mas, segundo ela, é impossível mandar entregar para lugares distantes pelo fato de ser um alimento frito e muito perecível.
Com tamanha repercussão, a empresária já está testando novos tipos de produtos para conquistar o público. “Fiz um teste de um ‘ovo de Páscoa’ metade de carne moída e metade frango e também vou investir nos doces. A ideia é uma massa de churros com recheio de beijinho ou brigadeiro”, conta Marilda.
Marilza realiza sua produção em casa mesmo, em um canto de sua cozinha. Para o futuro, quer reformar a casa e montar uma cozinha industrial no terreno dos fundos. “Agora não tenho condições de criar esse espaço, mas espero que aconteça logo”, diz.
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