A pandemia fez crescer o comércio online e alavancar as vendas nas plataformas digitais. Confira como essas empresas reagem com o retorno do comércio físico.
Existem hoje no Brasil cerca de 577 shopping centers e menos da metade já está podendo atender. Distribuídos por dez estados, estes centros de compras já vivenciam a realidade do novo normal e, junto com os lojistas, desenvolveram maneiras para proporcionar segurança e melhores experiências para os consumidores e clientes, ainda assustados com a pandemia do novo coronavírus.
Diante desse cenário, muitas empresas investiram recursos nas vendas online. Companhias como as maiores pagadoras de dividendos da Bolsa de Valores, sentiram os impactos do novo coronavírus e se viram em uma situação de realinhar metas e tendências e adaptar as suas vendas para o comércio online.
Mas, com algumas cidades prontas para voltar ao comércio varejista tradicional, já se estuda o impacto que o e-commerce pode sofrer no processo.
Em um primeiro momento, economistas acreditam que o consumidor não voltará a comprar se não se sentir seguro dentro do estabelecimento. Se ele se sentir inseguro, não voltará mais, mudará de loja e será ainda mais fiel as plataformas online.
Cuidados na reabertura de grandes lojas
Grandes redes varejistas que reabriram as lojas, como a Renner, o Magazine Luiza e as Casas Bahia, já adotaram novos protocolos de saúde.
No caso do Magazine a temperatura dos funcionários é medida diariamente e, em caso de febre, o trabalhador volta para casa. Além disso, todos os funcionários receberam máscaras descartáveis antes de retornar ao trabalho.
A Casas Bahia reforçou o procedimento de limpeza antes da abertura das lojas, colocou limites de distanciamento em filas e espalhou cartazes com informações sobre prevenção.
Na Renner, a retomada das operações físicas está ocorrendo com horário e equipe reduzidos.
O retorno das lojas físicas vai atingir o online?
Por outro lado, quem vive de plataformas digitais está com receio de agora enfrentar a crise que as lojas físicas sentiram. Porém, a adoção da estratégia omnichannel, quando uma loja passa a utilizar vários canais de comunicação, continuará em ascensão no mercado de Shopping Centers.
Para os empreendimentos que ainda não aderiram ao digital, esta será uma alternativa para garantir desde o atendimento das demandas até a ideia do volume necessário de vendas para a sobrevivência das lojas.
Mas um fator é certo: os meios digitais são um caminho sem volta. O varejo on-line nunca substituirá a importância da loja física, porém a digitalização das relações fez com que as pessoas mudassem a forma como interagem entre si e com as empresas e impôs o investimento em outras alternativas para complementar o consumo.
Novas tendências
O ambiente digital possibilita um status de conversa permanente com consumidores e amplia o contato para além da interação física.
Para responder de maneira mais assertiva os anseios dos novos consumidores, é preciso interagir nos diversos momentos de sua jornada de vida, desde a pesquisa até a visita à loja.
Daqui por diante especialistas acreditam que continuarão a existir lives e eventos em formato digital, que explora maior interação, possibilidades de conversão, e obtenção de feedback.
O meio digital permite conhecer melhor os clientes, suas dúvidas, o que mais consome, qual seu gasto e em que época busca a empresa.
As tendências que já se anunciavam e eram chamadas de Novo Varejo apenas foram aceleradas pela pandemia, e isso aumentou a distância entre os grandes varejistas dos pequenos e médios.
Com mais acesso a recursos, escalas, tecnologias, consultorias e informações, as grandes redes avançam com maior velocidade e antecipam o futuro do ponto de vista de operações, produto, estratégia de canais e gestão de relacionamento com o consumidor.
Como reter os novos clientes?
Os desafios em si serão os mesmos, principalmente ao criar novas experiências. Tem-se permitido o drive-thru ou take away, que a jornada de compra inicia online e termina de forma física.
E esse é apenas um dos exemplos que podem seguir pós pandemia, pois é uma maneira rápida de consumo para quem tem a vida corrida.
Este serviço deve continuar a fazer parte do futuro do comportamento do consumidor, pois é possível utilizá-lo por conveniência para uma compra mais rápida. O comércio está evoluindo com projetos que venham pra ficar.
Novos hábitos foram acelerados, onde os shoppings e as lojas deixam de ser um centro de compras tradicional, para um novo centro com mix de serviços e áreas de convívio e, as compras em si, em muitos casos vão continuar nas plataformas online.
Mudanças rápidas estão acontecendo e o desafio cada vez maior será atrair as pessoas aos empreendimentos, sem que elas percam o hábito de utilizar e-commerce.
Empresas terão que utilizar novas experiências digitais, acelerar o atendimento, investir em tecnologia e deixar os serviços cada vez mais rápidos e intuitivos.
A pandemia fez com que muitos grupos de empreendedores acelerassem seus projetos de marketplace e outros viram o crescimento em suas plataformas digitais.
E, até mesmo para compensar tais investimentos, ações serão pensadas para que as compras online continuem como uma nova forma de consumo.