Você sabe o que é liderança situacional e como ela pode auxiliar na dedicação dos colaboradores, na diminuição do turnover e no aumento geral da produtividade?
Vamos por partes. O conceito, que é amplamente discutido por especialistas em negócios, é autoexplicativo: não é possível cunhar uma definição única e específica para o que é ser líder. Essa função exige, é claro, uma série de atitudes e aptidões; o que não faz sentido é encaixotá-la, torná-la facilmente descritível.
Um bom líder é aquele que possui empatia? Certamente. A sua inteligência emocional deve estar em dia, para que ele possa observar o que está por trás do comportamento de cada membro da equipe, os estados de espírito predominantes e até as rusgas silenciosas entre funcionários? Também.
Isso não é o bastante. Estar em um cargo de liderança implica em pensar rápido e ser capaz de tomar decisões em igual velocidade. Situações de crise exigem ações direcionadas, ou seja, que dialogam com a particularidade do momento em questão.
Isso é a liderança situacional: adaptar-se às minúcias da realidade apresentada de maneira a ser justo, inteligente e focado em resultados.
Visto que o comportamento do líder pode ser motivo para a dedicação dos funcionários ou para a evacuação da equipe do ambiente de trabalho, trata-se de um assunto de imensa relevância.
Existem outros cuidados que devem ser tomados no cotidiano da empresa, para diminuir o turnover e o absenteísmo em geral. Abaixo, falaremos um pouco mais sobre a comunicação interna e a sua relação com o sucesso. Confira.
Comunicação interna: entenda o que é
Podemos dizer que a comunicação interna é um processo comunicacional que ocorre dentro de um espaço específico e que envolve as pessoas que fazem parte de seu cotidiano.
Há alguns anos, a comunicação entre funcionários e RH frequentemente se dava por comunicados colados nas paredes, reuniões gerais ou avisos impressos que eram deixados sobre as mesas.
Com o passar do tempo e a modernização dos espaços de trabalho, é possível anexar informações relevantes em e-mails, redes sociais e programas de gerenciamento coletivos.
Atualmente, consideramos que a comunicação interna vai além de comunicar datas comemorativas, eventos corporativos e demais ocasiões. Ela está atrelada à organização geral da empresa, visto que permite que os colaboradores estejam alinhados com os processos, as estratégias e metas a serem alcançados.
Processo comunicacional: muito além das palavras
Para otimizar a comunicação entre a empresa e seus colaboradores, é preciso eliminar as barreiras de compreensão e os possíveis ruídos.
Basta que lembremos de uma brincadeira antiga, chamada de telefone sem fio: nela, uma pessoa falava uma frase para alguém, de forma sigilosa. A frase deveria ser repassada para outro, que a enviaria adiante. Ao final do jogo, a frase poderia estar totalmente modificada ou bem próxima da original.
Isso pode acontecer na comunicação corporativa. Palavras escolhidas para compor e-mails, frases utilizadas para falar sobre o desempenho de determinados funcionários e críticas feitas sem o devido cuidado podem minar relações, gerar desentendimentos e promover embates que poderiam ter sido evitados.
Comunicação não-violenta
A comunicação não-violenta atua no sentido de adequar o discurso à múltiplos contextos e às fragilidades emocionais, psicológicas e pessoais dos colaboradores.
Uma boa maneira de manter todos “na mesma página” é através de workshops e palestras de comunicação não-violenta, que visam treinar as pessoas para desenvolverem a habilidade no cotidiano.
Isso não é tudo: para que a empresa tenha um corpo de funcionários – de diversos cargos – que estejam alinhados e falem a mesma língua, é preciso que ela tenha a comunicação clara, educada e gentil como um pilar de funcionamento (ou um valor, como costumamos dizer).
Tal atitude deve ser praticada diariamente, inclusive por pessoas no topo da hierarquia, para que se crie um espaço onde o diálogo é estimulado e as palavras são compreendidas de forma mais amena.
Pense: se é habitual que o líder fale de maneira ríspida com aqueles que estão em sua equipe, de que forma as suas palavras, quando escritas em um e-mail, post-it ou mensagem de aplicativo de gerenciamento, serão compreendidas pelos demais?
É necessário adequar o tom de voz à mensagem que será passada. Mesmo as críticas mais duras podem ser feitas de maneira moderada – e, de preferência, na hora certa.
Esse é um último elemento que não pode ser ignorado: o timing. É preciso saber a hora de falar determinadas coisas, especialmente se é necessário reprimir algum comportamento ou corrigir atitudes que fugiram do desejado.
É coerente brigar com um funcionário que não obteve os resultados esperados na frente de seus colegas, de forma agressiva ou fria?
Adiantamos: não. É melhor chamá-lo para uma conversa particular e abordar a situação de forma tranquila e com tom de voz adequado. Assim, ele não será exposto e poderá falar sobre as suas experiências e percepções sem receios ou constrangimento.